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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Borboletas


eu nasci lagarta, conheci o mundo de um angulo minúsculo, comia folhas devagarinho enquanto observava o movimento, eu estava em parque lindo, cheio de árvores e de lá podia ver as crianças brincando, os amores nascendo, as mãe aprendendo a ser mãe,  o sol iluminar o dia, a lua encantar a noite dos enamorados.
eu fui comendo e comendo, absorvendo tudo o que via e quanto mais eu via, quanto mais eu observava maior eu ficava. um dia tive que mudar de galho, por que o da árvore que eu morava foi ficando fino demais para o meu tamanho.
nesse novo galho eu vi gente chorando, vi gente roubando, vi gente matando. eu senti medo. eu quis chorar, eu questionei, gritei mas ninguém ouviu, ninguém respondeu, e eu senti medo. muito medo. 
eu quis fugir, quis morrer, não existir, me perguntava “qual é o meu papel nesse mundo?” por que eu não entendia o que vim fazer aqui.
então eu me escondi. fiz um casulo em volta do meu eu, fiquei escondidinha, pensando sozinha, refletindo.
e eu comecei a entender que cada pessoa pensa de um jeito, cada pessoa age de um jeito, e tudo é diferente de tudo e ao mesmo temo tão igual. 
aprendi que não adianta questionar tem q deixar rolar.
ter paciência de olhar tudo sem falar nada.
enquanto eu estava no meu casulo muita coisa aconteceu, lá dentro e lá fora.
muita gente mudou, por que é assim que é, tudo muda o tempo todo, e eu mudei também
eu cresci e agora quero sair do meu casulo.
mas sair do casulo não é algo fácil, exige tempo e força, uma força que a gente nem imagina que tem, eu preciso me empurrar com força por que o casulo quentinho e seguro quer me segurar.
quando eu conseguir sair totalmente do meu casulo eu vou poder voar, por que eu aprendi a ter asas, eu aprendi a voar, não me pergunte como, eu apenas sei.
também aprendi que demora pra sair do casulo, então tenham paciência, logo eu mostro as minhas asinhas.

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