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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Descobri


     
Eu li um monte de livros de auto-ajuda, li livros históricos, li ficções, romances, dramas, comédias. Eu li o comportamento humano, li as entrelinhas, observei o caos da existência humana. Conheci os dramas, senti os medos, descobri segredos, senti o frio da solidão e o calor dos aplausos.
Eu descobri que a vida não passa de um romance que insistimos em criar em nossas mentes, com aquilo que preferimos acreditar que seja verdade. Nós insistimos em tentar adivinhar o que sente, pensa, acredita o outro, mas não somos capazes de definir quem somos.
Vivemos confusos em nossa ficção. Em nosso mundo, em nosso cárcere. Sabemos do que precisamos pra mudar, mas inventamos uma série de desculpas esfarrapadas para justificar nossos erros, quando tudo o que precisávamos era ficar de frente com nós mesmos, reconhecer nossas angústias, medos, vontades, erros.
Nós somos humanos, somos falhos, temos consciência disso, mas cobramos perfeição dos outros. Somos injustos e egoístas com nós mesmos. Destruímos-nos por uma história fictícia que só existe em nossas cabeças.
Por isso é tão espantoso encontrar alguém que ri nas adversidades. Por isso é tão espantoso encontrar alguém que reconhece que erra e que tenta aprender com seus erros.
A água corre nos rios, deságua no mar, sofre com o calor vira tempestade, volta pra terra, volta para os rios e deságua no mar. Nós também somos assim, vivemos um ciclo, não é todo dia que tem tempestade, mas também não é todo dia que tem calmaria. Aprender a lidar com as mudanças cíclicas da nossa existência faz parte de reconhecer quem somos.
Apontamos o dedo na cara dos outros com tanta facilidade mas temos medo de ver o tipo de pessoa que nos transformamos.
Somos escravos de nós mesmos. Prisioneiros sem correntes ou cadeados. Mas sabemos como nos libertar. Só que é mais cômodo ter a desculpa de estar preso.
Não vim aqui dar uma lição de como viver a vida, nem é meu interesse fazer você se amar mais. Só vim compartilhar o que descobri. 

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